Meu pai sempre gostou muito de marionetes. Ele tinha um quarto cheio destes bonecos, alguns ele mesmo fazia, eu nunca gostei daquilo, elas pareciam te encarar o tempo todo.
No começo, meu pai era uma pessoa normal, trabalhava, brincava comigo, e de vez em quando mexia em suas marionetes. Com o tempo, ele começou a não ir trabalhar e foi demitido, ficava em casa o dia inteiro dentro do seu quarto, trancado.
Um dia, espiei meu pai pela janela do quarto, ele estava fazendo uma marionete, ela usava uma roupa branca, e a expressão de tristeza em seu rosto de gesso, era evidente. Tentei me reaproximar do meu pai, mas ele já não falava comigo.
Á noite, ouvi uns gritos do quarto do meu pai, corri até a porta, mas ela estava trancada, então peguei uma cadeira e comecei a bater com ela na porta, bati até quebrar um pedaço da porta, e pude espiar o que tinha lá dentro.
Aquilo não podia ser meu pai...
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